O Seminário Seráfico Santo Antônio, localizado numa região privilegiada ao pé da Serra da Mantiqueira, na cidade de Santos Dumont, em Minas Gerais, foi fundado pelos freis franciscanos da Ordem dos Frades Menores – OFM, seguidores dos ensinamentos e da doutrina de São Francisco de Assis.
O seminário foi fundado por frades vindos da Holanda e seus principais fundadores foram os freis Geraldo van Sambeek, Miguel Burger e Alexander Noordeloos. A inauguração do colégio foi no dia 18 de fevereiro de 1941 e funcionou, inicialmente, no Educandário Santa Terezinha e a primeira turma contava com 11 seminaristas.
Em 16 de abril de 1943, com a inauguração das duas primeiras alas o colégio foi transferido para o local onde funciona até hoje.
Da primeira turma com 11 alunos, o Seminário chegou a contar com mais de 100 seminaristas por ano no período de 1958 a 1964, até ser fechado em 1969 devido à crise das vocações sacerdotais, sendo reaberto em 1974 como C.J.F. – Comunidade de Jovens Franciscanos, além de ter funcionado, também, como noviciado.
O dia-a-dia, na época do seminário, era de muito estudo e oração e, nas horas de folga predominavam o futebol, a natação no açude e, posteriormente na piscina, – apesar de ser uma região fria – jogos no salão e a prática de atividades artísticas: teatro, música, pintura, etc. Os seminaristas que tinham algum pendor intelectual para a literatura contavam com a “ALVORADA”, revista mensal que trazia fatos do dia-a-dia do seminário, crônicas, poesias, além do "Balaio de Retalhos" que contava os casos pitorescos e as mancadas acontecidas com os seminaristas e na vida do colégio.
O ensino nos seminários, até a década de 70, era do mais alto nível e no nosso seminário não era diferente e muitos de nós que passamos por lá e não conseguimos alcançar o sacerdócio saímos com uma invejável bagagem cultural e moral.
Dentre os alunos que lá estudaram e foram ordenados freis, três deles foram sagrados bispos: Dom Célio de Oliveira Goulart, bispo de São João del Rei (MG), já falecido; José Belisário da Silva, arcebispo de São Luís, no Maranhão, e frei Dario Campos, arcebispo de Vitória, no Espírito Santo.